As abelhas existem há mais de 20 milhões de anos. Antes, portanto, do surgimento do homem. E a apicultura, a técnica de explorar racionalmente os produtos das abelhas, remonta ao ano 2400 A.C., pelo menos conforme vários historiadores, no antigo Egito.
De toda a forma, o mel já era conhecido e apresentado pelos sumérios 5000 anos antes de Cristo. E os egípcios e gregos desenvolveram as rudimentares técnicas de manejo que só foram aperfeiçoadas no final do século XVII por apicultores como Lorenzo Langstroth, que desenvolveu as bases da apicultura moderna.
Hoje as abelhas deixaram de ser vistas como insetos perigosos e agressivos. O homem através de estudos passou a compreender o seu mundo e aprendeu a conviver com elas respeitando as suas características e particularidades.
Esses estudos demonstraram que criar abelhas de uma maneira racional requer muitos cuidados com instalações, alimentação, utensílios e principalmente muito carinho no contacto com elas, não importando se você irá ter 5 ou 100 colmeias.
É quase um desafio não se deixar envolver pela vida das abelhas. Saber que uma rainha vive até os 5 anos porque é alimentada com geleia real enquanto uma operária vive apenas 42 dias, pois não recebe o mesmo tratamento, é no mínimo interessante.
Anatomia da abelha
O corpo de uma abelha melífera divide-se em cabeça, tórax e abdome, à semelhança da maioria dos insetos. Na cabeça, ficam as antenas, órgãos tateis e olfativos. Próximo às antenas, localiza-se o complexo sistema visual, que permite às abelhas enxergar em todas as direções e a longas distâncias. Ainda na cabeça, ficam as glândulas salivares, responsáveis pela transformação do néctar em mel; as hipofaríngeas, que transformam o alimento comum em geleia real; e as mandibulares, que dissolvem a cera e ajudam a processar a geleia real.
As abelhas apresentam dois pares de asas. Os três pares de patas diferem entre si, pois cada um possui função específica. As patas anteriores, forradas de pêlos microscópicos, são utilizadas na limpeza das antenas, olhos, língua e mandíbula. As medianas possuem um esporão, cuja função é a limpeza das asas e a retirada do pólen acumulado nas patas posteriores, as quais se caracterizam pela presença das cestas de pólen, pentes e espinhos. Estes últimos têm a finalidade de remover as partículas de cera elaboradas pelas glândulas alojadas no ventre.
O abdome abriga a maioria dos órgãos das abelhas. Nele estão situados a vesícula melífera, que transforma o néctar em mel e transporta a água recolhidano campo para a colmeia; as glândulas cerígenas, responsáveis pela produção da cera; as traqueias ou órgãos de respiração; os órgãos de reprodução femininos e masculinos; e ainda o estômago, o intestino delgado e o coração.
É no abdome que se localiza o ferrão, que as operárias utilizam como arma de defesa e a rainha como instrumento de orientação: é por meio dele que ela localiza as células dos favos no momento da postura.
Estrutura da colmeia
Com capacidade para abrigar uma população de até dezenas de milhares de indivíduos, a colmeia compõe-se de uma série de favos dispostos paralelamente. O favo é um conjunto de alvéolos, compartimentos hexagonais que as operárias fazem com cera, onde a rainha deposita os ovos e onde são armazenados os alimentos (água, mel e pólen). Os alvéolos menores destinam-se ao desenvolvimento das operárias e os maiores, ao dos zangões.
Uma colmeia pode se dividir em várias, por um processo chamado enxameação. Não havendo mais espaço para postura e armazenamento de alimento, é produzida uma nova rainha. Sua antecessora voa com grande parte das abelhas para formar uma nova comunidade.
Fonte: www.cursonotamaxima.com.br
Sem comentários:
Enviar um comentário