Fase final de preparativos para saber de onde vem a massa da matéria
Fonte: www.cienciahoje.pt 2009-05-07
Novo sistema será capaz de medir tempo de voo de partículas
Físicos de nove países europeus estão reunidos em Sesimbra até domingo para ultimar os preparativos de uma experiência que pretende dar a conhecer a face da massa da matéria que ficou fora das investigações conduzidas no novo acelerador LHC do CERN.
Portugal é um dos países parceiros do projecto, que resulta de uma colaboração entre 17 instituições europeias. A equipa portuguesa reúne investigadores do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), sedeado em Coimbra, liderados pelo cientista Paulo Fonte.
O Projecto HADES procura saber de onde vem a massa das partículas. Actualmente sabe-se que a parte da matéria tem duas faces: uma é a massa das próprias partículas que a constituem, enquanto que a outra está associada à energia contida na força de ligação entre elas e que as mantém juntas.
A primeira face – das próprias partículas – tem sido estudada em diversas experiências, entre os quais as investigações associadas ao novo acelerador LHC do CERN. A segunda parcela, significativamente maior do que a primeira, é precisamente o alvo da experiência HADES.
O HADES (High Acceptance Di Electron Spectrometer) é um sistema de detecção construído entre 1996 e 2002 em Darmstadt, Alemanha, no âmbito de uma colaboração entre cientistas da Alemanha, Rússia, Portugal, Espanha, França, Itália, Polónia, República Checa e Chipre.
A participação portuguesa nesta experiência, assegurada por uma equipa do LIP, consiste no projecção, construção e operação de um detector de partículas de concepção original que ajudará a identificar com mais rigor o tipo de partículas que emergem das referidas colisões nucleares.
Medir o tempo
Este novo sistema será capaz de medir o tempo de voo das partículas (desde o ponto da colisão até ao detector) com uma precisão equivalente ao tempo que demora a luz a percorrer uma distância de três centímetros (cem picosegundos). Esta informação permite por sua vez determinar a velocidade das partículas, o que é um passo importante para identificar o tipo de partícula de que se trata.
Realizados já nos anos transactos os diversos passos de I&D, neste momento o detector encontra-se em fase final de produção, devendo ser instalado em HADES ao longo do ano de 2009.
Uma vez em funcionamento, o que deverá acontecer em 2010, o detector permitirá estudar um aspecto particular da Física Nuclear que tem relevância para a estabilidade das estrelas de neutrões, objectos celestes exóticos de grande interesse para a Astronomia e a Astrofísica.
A construção deste detector foi financiada pelo GSI Helmholtz Centre for Heavy Ion Research GmbH e pela EU através do programa “Construção de infraestruturas científicas”, coadjuvada por um importante empenhamento nacional de infraestruturas cientificas pré-existentes, principalmente no LIP. Estiveram igualmente implicados no projecto a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, que projectou e construiu, em colaboração com a indústria local, a maioria dos componentes mecânicos do detector.
Fonte: www.cienciahoje.pt 2009-05-07
Novo sistema será capaz de medir tempo de voo de partículas
Físicos de nove países europeus estão reunidos em Sesimbra até domingo para ultimar os preparativos de uma experiência que pretende dar a conhecer a face da massa da matéria que ficou fora das investigações conduzidas no novo acelerador LHC do CERN.
Portugal é um dos países parceiros do projecto, que resulta de uma colaboração entre 17 instituições europeias. A equipa portuguesa reúne investigadores do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), sedeado em Coimbra, liderados pelo cientista Paulo Fonte.
O Projecto HADES procura saber de onde vem a massa das partículas. Actualmente sabe-se que a parte da matéria tem duas faces: uma é a massa das próprias partículas que a constituem, enquanto que a outra está associada à energia contida na força de ligação entre elas e que as mantém juntas.
A primeira face – das próprias partículas – tem sido estudada em diversas experiências, entre os quais as investigações associadas ao novo acelerador LHC do CERN. A segunda parcela, significativamente maior do que a primeira, é precisamente o alvo da experiência HADES.
O HADES (High Acceptance Di Electron Spectrometer) é um sistema de detecção construído entre 1996 e 2002 em Darmstadt, Alemanha, no âmbito de uma colaboração entre cientistas da Alemanha, Rússia, Portugal, Espanha, França, Itália, Polónia, República Checa e Chipre.
A participação portuguesa nesta experiência, assegurada por uma equipa do LIP, consiste no projecção, construção e operação de um detector de partículas de concepção original que ajudará a identificar com mais rigor o tipo de partículas que emergem das referidas colisões nucleares.
Medir o tempo
Este novo sistema será capaz de medir o tempo de voo das partículas (desde o ponto da colisão até ao detector) com uma precisão equivalente ao tempo que demora a luz a percorrer uma distância de três centímetros (cem picosegundos). Esta informação permite por sua vez determinar a velocidade das partículas, o que é um passo importante para identificar o tipo de partícula de que se trata.
Realizados já nos anos transactos os diversos passos de I&D, neste momento o detector encontra-se em fase final de produção, devendo ser instalado em HADES ao longo do ano de 2009.
Uma vez em funcionamento, o que deverá acontecer em 2010, o detector permitirá estudar um aspecto particular da Física Nuclear que tem relevância para a estabilidade das estrelas de neutrões, objectos celestes exóticos de grande interesse para a Astronomia e a Astrofísica.
A construção deste detector foi financiada pelo GSI Helmholtz Centre for Heavy Ion Research GmbH e pela EU através do programa “Construção de infraestruturas científicas”, coadjuvada por um importante empenhamento nacional de infraestruturas cientificas pré-existentes, principalmente no LIP. Estiveram igualmente implicados no projecto a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, que projectou e construiu, em colaboração com a indústria local, a maioria dos componentes mecânicos do detector.
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